Hospital do RS descobre suposto esquema de cobrança indevida por partos via SUS 864i
A própria instituição, da região Central do estado, comunicou o caso à polícia, que já identificou ao menos nove vítimas do suposto esquema. 3u3z60
Publicado em 02/06/2025 10h11 - Atualizado há 3 dias - de leitura 50325f

O Hospital de Caridade de Santiago, na região Central do Rio Grande do Sul, descobriu um suposto esquema de cobrança indevida por partos via Sistema Único de Saúde (SUS). A própria instituição comunicou o caso à polícia, que já identificou ao menos nove vítimas do suposto esquema. 4n293v
Segundo investigação da Polícia Federal (PF), o hospital comunicou que, assim que houve a constatação da prática da irregularidade, ou a investigar os dois médicos supostamente envolvidos. A apuração indica que as pacientes eram informadas de que, apesar de a internação e o procedimento ocorrerem pelo SUS, seria necessário o pagamento extra para garantir que os médicos estivessem presentes no parto.
A instituição informou que a descoberta partiu da ouvidoria do hospital durante a realização de pesquisas de satisfação com pacientes. Foi então que surgiram os primeiros relatos de cobrança indevida.
Segundo o diretor do hospital, Ruderson Mesquita Sobreira, os médicos foram descredenciados pela instituição imediatamente após o surgimento dos indícios.
“A diretoria levou ao conhecimento das autoridades e realizou um procedimento interno que resultou no descredenciamento dos profissionais do corpo clínico”, explica.
Logo que ocorreu a conclusão das investigações, o inquérito foi enviado à Justiça, culminando com a denúncia do casal pelo Ministério Público Estadual por corrupção iva, cujas penas variam de dois a 12 anos de prisão. A Justiça, por sua vez, já aceitou a denúncia e o processo está em fase de instrução, com a coleta de depoimentos.
Em nota, o casal de obstetras negou as acusações, alegando que os valores se referem a atendimentos realizados em seu consultório particular.
Veja a seguir o que diz a defesa dos médicos:
"Os denunciados nunca fizeram cobrança de partos realizados pelo Sistema Único de Saúde. Em realidade, atenderam as pacientes em seu consultório particular, onde ajustaram o acompanhamento obstétrico integral, como médicos privados, contratados para atender o pré-natal, responsabilizando-se pelo atendimento de quaisquer ocorrências que pudessem acometer as gestantes no curso da gestação e também no pós parto. A realização do parto se deu dentro deste contexto e com base nas normas do Sistema Único de Saúde, não havendo cobrança específica para este procedimento, o que comprovarão nos autos do processo a que respondem na Comarca de Santiago/RS."
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