O Ministério Público (MP) denunciou, nesta quarta-feira (28), os pais de Izabelly Carvalho Brezzolin, 11 anos, por homicídio culposo. A menina morreu no dia 8 de maio em Santa Maria, Região Central do Rio Grande do Sul. O laudo indicou que a causa da morte foi “complicações sépticas de pneumonia”. O pai foi denunciado também por estupro de vulnerável contra a filha e por ameaça contra a mãe.  ti1r

O pai, José lindomar Nunes Brezzolin, 55 anos, e a mãe, Elisa de Oliveira Carvalho, 36 anos, foram presos em flagrante pela morte da filha, que ocorreu no dia 8 de maio deste ano. No dia 19, Elisa teve o pedido de liberdade provisória aceito pela Justiça. 

No entendimento do Ministério Público, os pais teriam sido negligentes, se omitindo a prestar os devidos cuidados com a evolução da doença da filha. Segundo o MP, Izabelly apresentava sintomas graves como dores, febre e dificuldade respiratória e mesmo diante do agravamento do quadro de saúde, os pais não buscaram atendimento médico adequado para a menina. 

“Somente no dia 7 de maio, quando ela já não reagia, a mãe decidiu levá-la ao hospital, onde foi internada em estado grave e faleceu no dia seguinte devido a insuficiência respiratória e infecção generalizada”, alega o MP. 

A investigação apontou que o pai teria praticado crimes contra a filha por cerca de dois anos e, em pelo menos três ocasiões, teria ameaçado a esposa, inclusive com uma faca, para garantir a impunidade de seus atos abusivos. 

Conforme a Polícia Civil, Izabelly foi internada em estado gravíssimo na Santa Casa de São Gabriel no dia 7 de maio, com duas costelas quebradas, perfuração no pulmão e diversos hematomas e lesões no corpo, inclusive na região genital. Devido a gravidade dos ferimentos, ela foi transferida para Santa Maria, mas teve duas paradas cardíacas e não resistiu.

Os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) descartam marcas de violência. A causa da morte foi apontada “por complicações sépticas de pneumonia sem nenhum sinal de trauma por violência sofrida e nenhum sinal de violência sexual “. Os registros da Santa Casa confirmaram a versão.

O Conselho Tutelar afirmou que não havia registro anterior de agressões na família.

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