PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli após deputada deixar o Brasil 61601k
Pedido da Procuradoria-Geral da República ao STF levou em conta a viagem da deputada ao exterior. 82g4j
Publicado em 03/06/2025 16h43 - Atualizado há 2 dias - de leitura 5ge56

A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com um pedido de prisão preventiva contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na tarde desta terça-feira (3). O órgão levou em conta a viagem da deputada ao exterior para fazer a solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF) . 61m5l
Há poucos dias, a parlamentar foi condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão, entre outras penas, por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No entanto, Zambelli só deveria cumprir pena após o trânsito em julgado. Com o anúncio de que estaria fora do país, a PGR decidiu pedir ao STF sua prisão preventiva.
Mais cedo, Carla Zambelli disse em entrevista a uma emissora de rádio que deixou o Brasil há alguns dias. Segundo a parlamentar, ela vai se licenciar do mandato para ficar na Europa e realizar um tratamento médico.
“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo”, afirmou.
A deputada também criticou o STF, dizendo que pretende levar suas denúncias às autoridades europeias.
“Queria deixar claro que não é um abandono do país, não é desistir da minha luta. Muito pelo contrário: é resistir. É poder continuar falando o que quero falar. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, explicou.
Diante da repercussão do anúncio da viagem, a parlamentar explicou que está nos Estados Unidos e que deve ir à Itália, pois possui cidadania italiana. Com relação à possibilidade de uma prisão preventiva, Zambelli disse que não há nada que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, possa fazer para extraditá-la, acrescentando que é “intocável” em solo italiano.
“Como cidadã italiana, eu sou intocável na Itália, não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso”, concluiu.
A condenação no STF 5z424p
Acusada de invadir o sistema do CNJ, a deputada foi condenada pela Primeira Turma do STF a uma pena de 10 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado) e à inelegibilidade da política. A parlamentar também terá que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
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