O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, e o seu sócio, Anderson Bonetti, foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por estelionato, além de multa, em decisão desta terça-feira (10). 1h725n

As condenações se referem a crimes cometidos entre 18 de março a 26 de julho de 2021 contra 16 vítimas de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Segundo a decisão, Nego Di e o sócio vendiam, através da loja virtual Tadizuera, televisões, smartphones e aparelhos de ar-condicionado a preços abaixo do valor de mercado sem terem condições de cumprir as ofertas. Os clientes não teriam recebido os itens comprados, nem o estorno dos valores pagos. 

As investigações apontaram ainda que, no período de janeiro de 2022 a julho de 2022, a conta empresarial da empresa recebeu mais de R$5 milhões em créditos, com débitos no exato valor, ou seja, todo o valor arrecadado pela empresa foi enviado para vários destinos.

A juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, descreveu o caso como um “verdadeiro esquema meticulosamente organizado para ludibriar um grande público”, que se aproveitou da credibilidade pública do influenciador para atrair vítimas de baixa renda, ampliando o alcance e os prejuízos do golpe.

Os réus foram presos em julho de 2024. Em novembro Nego Di obteve um habeas corpus e ficou em liberdade, cumprindo medidas cautelares estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), como não utilizar redes sociais. Anderson Boneti segue preso preventivamente e não poderá recorrer em liberdade.